Beijos da profe Jaque!
O objetivo deste blogue e proporcionar aos meus alunos e alunas conteúdos e atividades de Língua Portuguesa para aprofundar os estudos direcionados nas atividades e nos debates em sala de aula, no pátio, no ginásio, na biblioteca, no salão de atos, no laboratório de informática etc.
terça-feira, 19 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Sinais de Pontuação
O ponto
O ponto (ou ponto final) é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa:
Alguns gramáticos chamam de ponto final apenas o ponto que encerra uma sentença. Ao ponto seguido por outras frases chamam de ponto simples. Além de finalizar um período, o ponto é utilizado em abreviaturas (ponto abreviativo: etc., h., S. Paulo) e é muito usado quando apenas uma vírgula bastaria. É um recurso estilístico:
A vírgula
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo geralmente menor que o do ponto. Todo cuidado, porém, é pouco para que ela não seja empregada como sinal de pausa em situações equivocadas. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa:
O emprego da vírgula
O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe. Assim, nem toda pausa é marcada por vírgula:
Na leitura em voz alta desse trecho, normalmente faríamos uma pausa após a palavra país. O uso
da vírgula nesse caso, porém, é incorreto porque estaríamos separando o sujeito do verbo.
Como usar a vírgula
Atenção: quando se trata da intercalação de uma expressão curta, pode-se omitir a vírgula:
Atenção: muitas vezes usa-se a vírgula antes de e, principalmente
Quando liga orações com sujeitos distintos:
Para dar ênfase, marcando uma pausa maior:
Quando forma um polissíndeto:
Atenção: quando pospostas à oração principal, as orações substantivas, com exceção da apositiva, não vêm separadas por vírgulas:
As orações adverbiais pospostas à principal geralmente se separam por vírgula, nem sempre
obrigatória:
As mesmas regras que valem para as orações desenvolvidas valem para as reduzidas:
Ponto-e-vírgula
O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a pausa e a entoação equivalentes ao ponto, mas não se quer encerrar o período:
Dois-pontos
Usam-se os dois-pontos, geralmente:
Interrogação e exclamação
Reticências
As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação descendente. São usadas basicamente:
AspasAs aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em sentido figurado:
Travessão e parêntesesSão usados para esclarecer o significado de um termo:
Os dois sinais têm basicamente a mesma função, a diferença entre os dois está na entonação, mais pausada no caso do travessão, além do caráter estilístico, mais objetivo no caso dos parênteses.
O ponto (ou ponto final) é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa:
'Não sou poeta e estou sem assunto.' (Fernando Sabino) |
'Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara.' (Graciliano Ramos) Corintianos lotam o estádio. E rezam. |
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo geralmente menor que o do ponto. Todo cuidado, porém, é pouco para que ela não seja empregada como sinal de pausa em situações equivocadas. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa:
Era de noite, as janelas se fechavam. Era de noite. As janelas se fechavam. |
|
O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe. Assim, nem toda pausa é marcada por vírgula:
Seus grandes e valorosos serviços em prol da causa revolucionária de seu país foram tardiamente reconhecidos. |
da vírgula nesse caso, porém, é incorreto porque estaríamos separando o sujeito do verbo.
Como usar a vírgula
• | Em enumerações, para separar elementos que as compõem: |
Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário.
Nosso maior contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário foi Machado de Assis.
(geralmente, o último termo da enumeração vem separado pela conjunção e) |
• | Em intercalações, quando palavras ou expressões se interpõem entre o sujeito e o verbo; entre o verbo e seus complementos (objetos) ou entre verbo e predicativo: |
Os funcionários, a pedido do diretor, alteraram o horário. | ||||
sujeito | verbo | |||
Os funcionários alteraram, a pedido do diretor, o horário. | ||||
verbo | objeto | |||
Os funcionários estavam, porém, conscientes de seus direitos. | ||||
verbo | predicado |
Os funcionários alteraram imediatamente o horário da semana. As crianças comem brincando uma lata de sorvete! |
• | Para separar adjunto adverbial, sempre que ele seja extenso ou quando se quer destacá-lo: |
Depois de inúmeras tentativas, desistiu. Escove os dentes, sempre, e diga adeus às cáries! |
• | Para isolar o predicativo quando não for antecedido por verbo de ligação: |
Furioso, levantou-se. |
• | Para isolar aposto: |
A minha avó, Maria, era suíça. |
• | Para isolar o vocativo: |
Estamos de férias, pessoal! |
• | Para marcar elipse do verbo: |
Sua palavra é a verdade; a minha, a lei. |
• | Para separar orações coordenadas, exceto as iniciadas pela conjunção e: |
'Sei que ele andou falando em castigo,mas ninguém se impressionou.' (José J. Veiga) 'Quis retroceder, agarrou-se a um armário, cambaleou resistindo ainda e estendeu os braços até a coluna.' (Lygia Fagundes Telles) |
Quando liga orações com sujeitos distintos:
'Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali.' (Graciliano Ramos) |
'Disse, e fitou Don'Ana e sorriu para ela.' (Jorge Amado) |
Levanta, e senta, e vira, e torna a se levantar. |
• | Para isolar orações adjetivas explicativas: |
Minha avó, que era francesa, não tolerava grosserias. |
• | Para separar as orações adverbiais e substantivas quando antecedem a oração principal: |
'Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.' (Manuel Bandeira) Como Cassiano chegou a prefeito, ninguém soube. |
Ninguém soube como Cassiano chegou a prefeito. |
obrigatória:
A chuva não veio, embora todos a esperassem. |
'Para erguer-se, foi necessária a ajuda do carcereiro.' (Murilo Rubião) |
O ponto-e-vírgula é usado basicamente quando se quer dar à frase a pausa e a entoação equivalentes ao ponto, mas não se quer encerrar o período:
'A alma exterior daquele judeu eram os seus ducados; perdê-los equivalia a morrer.' (Machado de Assis) |
• | O ponto-e-vírgula também é utilizado para separar itens de uma enumeração: |
O plano prevê: a) internações; b) exames médicos; c) consultas com médicos credenciados. |
Usam-se os dois-pontos, geralmente:
• | Para introduzir uma explicação, um esclarecimento: |
'Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...' (Machado de Assis) |
• | Para introduzir uma citação ou a fala do personagem: |
O avô costuma resmungar: 'Quem sai aos seus, não degenera...' |
• | O ponto de interrogação marca o fim de uma frase interrogativa direta: |
Quem te deu licença? |
• | O ponto de exclamação marca o fim de frases optativas, imperativas ou exclamativas: |
Como era lindo o meu país! |
As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação descendente. São usadas basicamente:
• | Para indicar uma hesitação, uma incerteza ou mesmo um prolongamento da idéia: |
'Há um roer ali perto... Que é que estarão comendo?' (Dionélio Machado) |
• | Para sugerir ironia ou malícia: |
'— Se ele até deixou a mulher que tinha, Sinhô. É um fato. Estou bem informado... — e ria para João Magalhães, lembrando Margot.' (Jorge Amado) |
O presidente afirmou em seu discurso: 'Toda corrupção será combatida!' Minha turma é 'fissurada' nessa música. |
Granada — último refúgio dos árabes — foi conquistada em 1492. Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492. |
• | Intercalar reflexões e comentários à seqüência da frase: |
Mas agora — pela centésima vez o pensava — não podia admitir aquelas mesquinharias. |
• | O travessão também é usado em diálogos para marcar mudança de interlocutor: |
'— Peri sente uma coisa. — O quê? — Não ter contas mais bonitas do que estas para dar-te.' (José de Alencar) |
Bibliografia: http://www.klickeducacao.com.br/materia/print/0,5920,-21-99-868-5595,00.html
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